Bruno César Pereira

 SEGREGAÇÃO URBANA: NOTAS SOBRE UMA EXPERIÊNCIA DE OFICINA COM ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

 

Ao longo do ano de 2018, entre os meses de outubro e novembro, em meio as atividades do Programa Residência Pedagógica em História da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Campus Irati, desenvolvemos a atividade intitulada “Projeto História & Cidade – História Local”. A atividade em questão contou com seis horas aulas presenciais para sua realização, que se dividiu entre: duas para explicações teórico-metodológicas sobre o tema central, duas horas aula para a apresentação dos (as) alunos (as) dos resultados de suas pesquisas e, por fim, duas para a devolutiva das pesquisas. Esta atividade, que se estruturou em formato de “aula-oficina” (BARCA, 2001;2011) foi desenvolvida com alunos (as) dos 3ºs anos do Ensino Médio da escola Antônio Xavier da Silveira, situado no município de Irati-PR e contou com a participação de 109 estudantes desta instituição de ensino.

 

A presente investigação, integra parte de algumas discussões e resultados da atividade em Questão. O “Projeto História & Cidade – História Local” visou debater alguns aspectos das temáticas que permeiam o tema deste projeto, optamos pela escolha de seis subtemas, sendo eles: Identidade, Religiosidade, Habitação & Moradia, Lazer, Patrimônio Histórico e Economia. O projeto foi dividido em seis fases/etapas, sendo elas: 1. A apresentação e debates teórico-metodológicos, 2. Estruturação da atividade que os estudantes realizariam, 3. Pesquisa e escrita do trabalho, 4. Apresentação e correção dos trabalhos, 5. “Recuperação”, ou melhor, entrega das versões finais do trabalho, 6. Entrega dos trabalhos com os respectivos feedbacks (parte das atividades foi desenvolvida fora do ambiente de sala, sobretudo, no que corresponde as correções).

 

Para a presente proposta de discussão, nos focaremos em apenas um destes subtemas, Moradia & Habitação, no qual propomos evidenciar as principais questões que foram discutidas com os alunos dos 3ºs anos do Ensino Médio do colégio em questão. A proposta de debater esta temática, visou apresentar e problematizar com os alunos aspectos como a da segregação urbana, seja as questões ligadas aos grupos, bem como aos espaços.

 

Assim, a longo deste estudo dedicaremos, em um primeiro momento apresentar alguns aspectos deste tema os quais foram abordados como os estudantes, sobretudo, visamos realizar uma análise sobre o processo histórico da segregação urbana com ênfase na cidade onde a instituição está localizada (Irati-PR). Buscamos refletir como as questões da segregação urbana e como esta temática pode ser abordada em sala de aula. Visamos assim debater acerca das questões que envolvem o ensino de História a partir da realidade social dos alunos, desta forma buscamos que estes observem em seu cotidiano aspectos da segregação urbana, bem como, os processos de estigmatização de grupos e espaços na cidade de Irati-PR. Por fim, apresentaremos os resultados, ou melhor, traremos para a reflexão os trabalhos-estudos que os estudantes fizeram sobre esta temática.

 

A proposta deste tipo de oficina, em especial sobre está temática tão cara, é de evidenciar a importância dos processos históricos que acarretaram a criação de uma série de estigmas, que acabam por gerar a segregação urbana, da mesma forma, destacar que tais processos se fazem presente e estão ligados diretamente com contexto e realidade social dos alunos torna-se necessário. A este último ponto, destacamos que, sua importância de discussão torna-se cada vez mais necessária, pois os fenômenos da segregação urbana marcam e legitimam as imagens de certos espaços, de uma forma que naturalizam um certo imaginário social sobre os lugares, assim, debater e problematizar estas questões, nos permitem e vão permitir aos alunos se observarem como agentes sociais, dentro de sua realidade e contexto social, desta forma não como apenas observadores, mas sim como indivíduos participantes, sujeitos históricos.

 

Ensino de história: a segregação urbana como tema

 

A proposta de trabalhar com este tema em sala de aula, visa com que os alunos possam observar, analisar e problematizar o seu contexto social, ou seja, observar as marcas (estigmas) que permeiam o seu município. Desta forma, é de grande importância a valorização de uma aprendizagem na qual o professor seja o mediador do conhecimento, valorizando o saber dos alunos sobre sua realidade.

 

Assim, nossa proposta visou em um primeiro momento a apresentação do tema aos alunos de uma maneira expositiva, concentrando-se em uma discussão teórica, abordando temas (conceitos) como segregação, segregação urbana, processos de periferização e periferia, bem como nos utilizamos de exemplos (como artigos e livros) que trabalharam com estes temas, desta forma, esta primeira fase visava com que os alunos tivessem “ferramentas” para partirem para um estudo sobre sua cidade.

 

Da mesma forma, observamos que as abordagens da História Local, como uma metodologia de ensino de História tem grandes contribuições em nossa proposta. Discutir a realidade social a qual os alunos integram é de grande importância, assim consideramos de grande relevância partir de seus conhecimentos sobre o espaço que habitam (SILVA, 2008). Passada uma discussão teórica com os estudantes, o professor pode partir para uma abordagem na qual este seria um mediador, realizar este papel de mediação permite com que os estudantes deixem a posição de um simples receptor e passa a ser o sujeito atuante dentro da discussão e no seu processo de formação.

 

São vários os exemplos de estudos que têm destacado a questão que trata a segregação urbana e uma tentativa de abordagem desta no contexto escolar, estes estudos, sejam da História, Geografia, Sociologia etc.; têm buscado problematizar para além da segregação espacial, mas também trazem questões que envolvem o perfil socioeconômico, as distribuições de espaços de lazer e até mesmo a qualidade de vida. Todavia, para nos concentrarmos na discussão voltada a uma abordagem no ensino, em especial na área de História, sobre segregação urbana, podemos citar o trabalho de Olavo Pereira Soares (2013), que faz um breve estudo acerca da segregação urbana a partir da relação da posição de instituições de ensino (escolas), ou seja, o pesquisador se pauta além de conhecer geograficamente os locais, visa também  identificar se as regiões onde estão localizadas estas instituições existe um processo de estigma em vigência, em especial nas regiões periféricas, feito este processo, Soares (2013, p. 5) identifica que:

 

“Ao ingressarem em escolas públicas que estão inseridas em contextos sociais significativamente diferentes, os pesquisadores de história se depararam com a necessidade de analisar teoricamente estas realidades, bem como de desenvolverem princípios metodológicos distintos para a inserção em contextos escolares também distintos”.

 

Este é um ponto importante o qual devemos frisar, qual seja “os contextos distintos dos alunos”. Uma mesma abordagem sobre o tema da segregação urbana em uma escola localizada em uma zona central não terá os mesmos resultados que em uma instituição de ensino localizada na periferia. O contexto, a realidade social dos estudantes permitirá que estes compreendam a segregação com olhares diferentes. Para uns, um olhar rápido sobre esta relação pode cair em um falso pensamento de que a segregação é algo natural, “sempre aconteceu, nunca vai mudar”, não se consegue observar a sua posição de fala, sua realidade social, que está permeada por uma série de privilégios, desta forma, caímos no “velho conto” da meritocracia. Enquanto para outros, o discurso sobre a segregação, gera revolta, tristeza e uma não compressão total da realidade (DURHAM, 1986; SILVA, 2007).

 

Seja qual for a metodologia, ou o ambiente escolar no qual o professor de História atuará, um ponto fundamental o qual deve ser posto em cheque é que este busque, junto aos estudantes, problematizar a sua realidade, o seu contexto atual, esta é a questão que fará com que os alunos passem a olhar, analisar e problematizar os discursos que até então estiveram naturalizados em seus contextos sociais.

 

Desta forma, no contexto de espaços estigmatizados no município de Irati-PR, em especial se tratando de dois bairros, o primeiro deles fundado na segunda metade do século XX, o Alto da Lagoa, popularmente conhecido como “Morro da Formiga” e o segundo, fundado no século XXI, o Jardim das Américas, que ficou reconhecido pela população como “Jardim Botafogo”, ambos conjuntos habitacionais, são espaços conhecidos e reconhecidos pela população externa a estes, ou seja, dos demais bairros da cidade, como espaços marcados pela: violência, pobreza e desordem social (BRAGA; SILVA, 2015). Esta imagem cristalizada foi um bom ponto de partida na abordagem com os alunos ao longo da aplicação do projeto, pois estes bairros, extremamente conhecidos, foram o “abre-alas” para a discussão acerca dos conceitos de “classes pobres” e “classes perigosas” (CHALHOUB, 1996), dentro do contexto social dos alunos.

 

Assim, a proposta em questão visou, em um ponto inicial apresentar aspectos de uma teoria, que buscou debater acerca dos processos históricos da segregação urbana, mas que fez uma ponte com a realidade social dos alunos, para que estes passassem a se compreender como sujeitos históricos dentro deste processo de segregação.

 

A proposta de abordagem e discussão de diferentes temas dentro de um estudo sobre História e Cidade, aliado a uma proposta metodológica de História Local, visou com que os alunos, além de problematizarem suas respectivas realidades sociais, sejam elas quais for, compreendessem como agentes ativos dentro da História. Assim, estas discussões que relacionam os processos históricos brasileiros com a realidade social dos alunos contribuíram para a quebra de um ensino pautado em uma análise densa centrada apenas no passado, que caracteriza um ensino tradicional.

 

Partindo das produções dos alunos dentro do projeto, ao todo tivemos 18 grupos, com relação a temática da Habitação & Moradia destacam-se dois deles. Contudo em todos os grupos, em certa medida, está temática se fez presente. Tratando-se especificamente sobre o tema da discussão desta investigação os dois grupos nos trouxeram resultados que nos fascinaram. Suas discussões se iniciaram a partir da identificação dos bairros da cidade, bem como, o público de cada um destes espaços e em ambos os casos (os trabalhos um e dois) se utilizaram das mesmas fontes e dados, coletados tanto no site do IBGE como no site da Prefeitura.

 

Há uma diferença na abordagem entre os dois grupos, o primeiro se concentrou em uma discussão para além do tema proposto, onde estes deram destaques não somente aos bairros, mas também a questões como o nome das ruas e sua relação com a história do município (nome de ruas com nome de prefeitos), história do Estado (datas comemorativas como a de emancipação e nome de governadores) e a história nacional (datas como a da independência e Proclamação da República).

 

Nesta perceptiva, o grupo se pautou em mostrar o contexto simbólico que trazem estas questões, em especial no que toca eternizar ou formar um grande herói. Enquanto plano de fundo a estas discussões, este grupo introduziu, simplificadamente, a discussão sobre a segregação urbana. Os (as) estudantes se utilizaram de dados como coleta de resíduos (lixo) para mostrar que algumas regiões eram privilegiadas e outras não, isto se deu quando eles (as) observaram que o Centro da cidade e alguns bairros que possuíam uma classe mais abastada possuíam coleta de resíduos diariamente (e em alguns casos até mais de uma vez por dia), enquanto outros bairros ocorriam a variação de 4, 3 a 2 vezes por semana, e isto acompanhava a questão dos espaços menos abastados economicamente, ou seja, as regiões periféricas de baixa renda econômica possuíam a coleta reduzida à duas vezes por semana.

 

Esta mesma discussão acerca da segregação urbana foi proposta pelo grupo 2. O grupo resumiu esta discussão à “urbanização desigual” a qual destacam tanto a questão da coleta de resíduos quanto à estigmatização dos bairros. Dentro desta questão o grupo destaca o Bairro Jardim das Américas que dentro deste processo de estigmatização passou a ser conhecido como “Jardim Botafogo”. Este nome foi atribuído por ocasião de algumas casas (12) neste conjunto terem sido incendiadas no ano de 2017 devido a disputas internas do tráfico de drogas entre este bairro e o bairro vizinho (Alto da Lagoa), que também é estigmatizado.

 

“No mesmo ano [2017], foi decidido através da polícia militar e agentes da justiça que os bairros [Jardim das Américas e Alto da Lagoa] deveriam ser monitorados. Mais de 2500 pessoas foram abordadas neste período de monitoramento, ou seja, algumas pessoas eram constrangidas pelo simples fato de morarem naqueles locais e não eram questionadas por um motivo concreto” (GRUPO 2 – HABITAÇÃO & MORADIA, 2018).

 

Neste sentido, o grupo conclui que “[...] houve uma generalização dos fatos ocorridos nestes espaços” (GRUPO 2 – HABITAÇÃO & MORADIA, 2018), onde todos os moradores passaram ser percebidos como “inimigos”, “violentos” etc., a partir do local que habitam. Esta discussão proposta pelo grupo foi um dos pontos marcantes nas duas primeiras aulas, onde abordamos diferentes discussões para que os (as) estudantes conhecessem um pouco do que seria o “estigma” em regiões urbanas, em especial, nas periferias e para isso, nos utilizamos de discussões de Chalhoub (1996), no caso, seu debate sobre a construção histórica da relação intrínseca que se criou entre “classes pobres” e “classes perigosas” no Rio de Janeiro oitocentista (mas que na atualidade permeia a todas as regiões brasileiras).

 

O desenvolvimento destes dois grupos foi muito interessante, demonstraram um ótimo senso crítico ao confrontarem seus dados com as discussões que tivemos em sala de aula. De uma maneira geral, os pontos debatidos por estes grupos evidenciam as contradições das cidades atuais, onde os (as) alunos (as) buscaram esmiuçar estas contradições, nos evidenciando uma Irati que possui sérios problemas com a questão da segregação urbana.

 

Através desta exemplificação, utilizando como base estes dois estudos realizados pelos estudantes podemos observar a importância da discussão desta temática em sala de aula. Os estudantes conseguiram observar, a partir da coleta e análise de dados uma série de questões que permeiam o seu contexto social. Através de sua escrita pudemos observar um senso crítico bem como a sua respectiva introdução como agente histórico, sujeitos participantes das relações, tensões e narrativas presentes na cidade de Irati. 

 

Considerações finais

 

A proposta de um estudo, que alie questões dos campos de estudo da História Local e História e Cidade, e que foi proposta aos alunos de 3ºs anos do Ensino Médio, do Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, por meio, do Projeto Residência Pedagógica propôs que estes alunos analisem seus contextos e realidades sociais, a partir dos seus respectivos conhecimentos aliados a uma discussão teórica ministrada pelo professor.

 

Nossa proposta aqui foi expor como um dos temas do projeto foi debatido junto aos estudantes, tema este, que possui certa complexidade, seja pela questão que toca as relações da construção deste processo histórico, bem como, com a atualidade da discussão. Todavia, como apontamos a metodologia a ser aplicada com as turmas, ou instituições deste ensino deverá variar conforme o público, ou seja, o professor deverá levar em conta questões, como o perfil socioeconômico dos estudantes, assim como o local onde se encontra a instituição de ensino. Mas, mesmo com a variação da abordagem frente ao tema, alguns pontos com a proposta de problematização da realidade social devem ser um ponto de partida dos alunos.

 

Assim, concluímos que nossa proposta é apenas um ensaio crítico, uma “pincelada”, de um projeto que foi aplicado em 2018, mas que ainda necessita de um amadurecimento e desenvolvimento, que visa contribuir para um ensino no qual os estudantes possam problematizar suas respectivas realidades sociais, observar as construções históricas e criticá-las, evidenciando que as desigualdades, sejam elas quais forem não correspondem a um processo natural.

 

Referências biográficas

 

Bruno César Pereira: Mestrando em História pela Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná – UNICENTRO, Campus Irati. Bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

 

Notas sobre o Projeto “História & Cidade – História Local”

 

Parte das discussões apresentadas neste artigo, em especial as questões teórico-metodológicas que envolveram a temática Moradia & Habitação foram apresentadas e publicadas nos anais do V Simpósio Nacional do Movimento do Contestado, ocorrido entre 26 e 28 de novembro de 2018 (ver: RIBAS & PEREIRA, 2018). Um estudo mais completo sobre este projeto foi publicado na Revista Discente Ofícios de Clio (UFPel) em seu volume 04 (número 06) de 2019. Ver: PEREIRA & RIBAS, 2019.

 

Referências bibliográficas

 

BARCA, Isabel. Educação Histórica: uma nova área de investigação. Revista Faculdade de Letras do Porto, v. 2, 2001, p. 13-21.

 

BARCA, Isabel. Ideias chave para a Educação Histórica: Uma busca de (Inter)identidades. História Revista (UFG), v.17, 2011, p. 37-51.

 

BRAGA, Julio Cesar; SILVA, Edson Armando. O bairro Alto da Lagoa, ou o Morro da Formiga, entre o estigma, a violência e o morar na periferia: uma percepção da autoimagem dos moradores. In: II Congresso Internacional de História UEPGUNICENTRO. Ponta Grossa: Anais do II CIH, 2015, p. 1-12.

 

CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril: cortiços e epidemias na corte imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

 

DURHAM, Eunice Ribeiro. A sociedade vista da periferia. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 1, n.1, 1986, p. 84-99.

 

PEREIRA, Bruno César; RIBAS, Fernanda. História & Cidade – História Local: experiências de uma aula oficina. Revista Discente Ofícios de Clio, v. 4, n. 06, 2019, p. 83-101.

 

RIBAS, Fernanda; PEREIRA, Bruno César. Cidade & segregação urbana: uma proposta de oficina com alunos do terceiro ano do ensino médio. In: V Simpósio Nacional do Movimento do Contestado. Irati: Anais do V SNMC, 2018, p. 1-10.

 

SILVA, Giane de Souza. História Local: Uma experiência em educação histórica. PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), Londrina: UEL, 2008.

 

SILVA, Keli de Oliveira. A periferização causada pela desigual urbanização brasileira. Revista Urutágua, n. 11, 2007, p. 1-10.

 

SOARES, Olavo Pereira. O ensino de história e as representações sociais sobre as escolas. In: XXVII Simpósio Nacional de História: Conhecimento Histórico e Diálogo Social. Natal-RN: Anais do XXVII SNH: ANPUH, 2013, p. 1-9.

5 comentários:

  1. Cordial saludo. Interesantes los planteamientos realizados y la potencia que tiene la propuesta para repensar los alcances de la formación histórica de la juventud. ¿Cómo enfrentar las tensiones entre el currículo oficial y las propuestas innovadoras de formación que recurren a pensar y discutir la historia local?¿El profesorado en términos generales está preparado para desarrollar este tipo de experiencias?

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    1. Boa tarde Nilson. Obrigado por sua pergunta. A ideia da construção desta atividade partiu de uma proposta de atividade presente no livro didático. Contudo, a proposta inicial visava somente uma discussão pautada na investigação dos patrimônios históricos do município e do lazer, partimos desta ideia inicial para abordar uma série de outras questões, como a segregação (tema deste trabalho). Em síntese, o currículo, a partir do uso do livro didático, permitia uma abordagem da história local, contudo a limitava. Coube a nós a ampliação da reflexão introduzindo outras questões para o debate com os estudantes. Sobre a segunda pergunta, acredito que sim. A experiência da aula oficina com temas da história local tem sido cada vez mais utilizada. Sobretudo a partir de projetos que realizam a ponte academia (universidades - através de projetos de extensão como PIBID e Residência Pedagógica) com as escolas.

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  2. Nossa! Parabéns pelo projeto!
    Quais foram os desafios para a realização deste importante trabalho?
    Obrigada.

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    1. Boa tarde;
      O maior desafio para a realização foi o tempo. Antes da realização, de colocarmos em pratica, tivemos de organizar muito bem, sobretudo sintetizar cada uma das reflexões para conseguirmos apresentar aos estudantes, escuta-los e construirmos uma reflexão. Como o projeto possuía temáticas clássicas nas reflexões da História e das demais ciências humanas escolhemos alguns autores que sintetizavam bem a discussão e nos pautamos sempre em manter os exemplos a partir do que os alunos apontavam. Desta forma as reflexões ficaram próximas de seu vivido, se seus respectivos cotidianos. Como a quantidade de aulas para desenvolver o projeto foram poucas, tivemos de utilizar de outras estratégias como o uso das redes sociais para tirar dúvidas dos alunos e os ajudar na construção das suas reflexões.

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